Pão, pisco sour e neve resumem uma viagem a Santiago, a capital do Chile. Se você quer sair do Brasil para um lugar com câmbio favorável e clima bem diferente do nosso, essa é a hora. Os preços estão convidativos para este mês de junho, mas em julho já ficam mais salgados porque é alta temporada. A Gol e a Latam têm voos diretos que duram 4h, em média, e planejando bem dá para pagar uns R$ 700 ida e volta.
A primeira vez que visitei a cidade foi em 2009, retornei em 2011 e este ano estarei lá de novo. Pensando assim parece até que eu me apaixonei logo de cara, mas longe disso. Na primeira vez fiz um roteiro que incluía Pucón, no sul do país, onde conheci o vulcão Villarica, e foi mágico. Mas, no finzinho da viagem, fui furtada no metrô de Santiago e passei um perrengue para cancelar cartões, registrar um boletim de ocorrência e conseguir autorização da embaixada brasileira para voltar sem documentos. Ah… e quando voltei tive gripe H1N1 e fiquei 10 dias de cama com a maior dor no corpo do mundo.
Tudo isso poderia ter me deixado traumatizada com a cidade, mas me ensinaram a ser mais cuidadosa em viagens: com a saúde e com os furtos. Estou planejando um bate-volta em Santiago e, por coincidência, um amigo me pediu dicas recentemente. Então aí estão as dicas da cidade que é limpa, linda e transborda história.
Dicas práticas de Santiago
Tempo: Em quatro dias você consegue visitar boa parte de Santiago, mas quanto mais tempo melhor e você pode acrescentar novas cidades. O serviço rodoviário deles é ótimo. Independentemente do tempo que for ficar, tire um dia para um bate-volta a Viña del Mar e Valparaíso (litoral).
Onde ficar/ Sozinho: Um dos melhores albergues que eu já fiquei é o Andes Hostel. Localizado bem em frente à estação de metrô Bellas Artes. Limpo, bem localizado, animado, oferece café da manhã e você pode reservar por sites como o Booking e o Hostelworld com facilidade. (Aprenda a planejar uma viagem aqui).
Onde ficar/ acompanhado: Reserve um apartamento com a ajuda do booking, e opte pela região do Centro/ Bellavista. O Andes mesmo tem o Andes Apartments, um aparthotel perto do hostel que é mais limpo e confortável.
Compras: Com o câmbio favorável dá para comprar. Há shoppings bem legais como o Parque Arauco (veja as lojas aqui) e Alto los Condes. As duas grandes lojas são a Falabella e a Paris. Hoje, um real equivale a aproximadamente 196 pesos chilenos.
Transporte: Use o metrô (cuidado com os furtos) para economizar ou pegue táxis de cooperativas. Num mesmo trajeto paguei preços completamente diferentes.
Booking.com
O que fazer em Santiago:
Cerro Santa Lucía: Cerro é morro/colina em espanhol. O Santa Lucía fica bem no centro e tem um jardim japonês bem legal. Nos dias claros você consegue ver a cordilheira dos Andes ao fundo. Pode se chegar a pé, de carro ou de bicicleta (estação de metrô Santa Lucía).
Cerro San Cristóbal – É onde fica o parque metropolitano e você terá uma linda vista da cidade, chegando a olhar as cordilheiras dos Andes. Você pega um funicular (bondinho) para subir, e um dos destaques é a estátua de La Virgem. Tem o zoológico nacional de Santiago lá no morro também, mas eu tirei o turismo de animais da minha lista. Foi lá que, recentemente, um homem entrou numa jaula e dois leões acabaram mortos. (Para chegar use a estação de metrô Baquedano, atravesse o Rio Mapocho e siga pela Calle Pio Nono).
Valle Nevado – Maior área de esqui da América do Sul. Se você curte esquiar e tem grana, pode se hospedar lá mesmo e aproveitar o que os hotéis do valle podem oferecer. Se não, um dia de visita é suficiente para se divertir e conhecer a neve (inverno). Feche um pacote com uma das agências locais. Há restaurantes e cafeterias onde você pode tomar almoçar e curtir o visual.
Palácio de La Moneda (foto acima) – Foi aqui que Salvador Allende morreu em 11 de setembro de 1973 durante o golpe militar que deu início a ditadura de Augusto Pinochet. Essa ditadura durou de 1973 até 1990. O lugar foi criado para ser a sede da Casa da Moeda chilena, mas atualmente é a sede do governo. O país é governado por Michelle Bachelet
Plaza de Armas – Foi onde a cidade começou, e lá onde ficam a Catedral, Casa del Gobernador e o Museo Histórico Nacional.
Casas de Pablo Neruda – O poeta tinha três casas, dizem que uma para cada mulher/ amante dele. A de Santiago é La Chascona (Calle Fernando Márquez de la Plata 0192, Barrio Bellavista) e o metrô mais perto é o Baquedano. La Sebastiana é a casa que fica em Valparaíso (Ferrari 692, Valparaíso), e tem um visual incrível da cidade. Essa eu visitei duas vezes, e é simplesmente incrível. Você conhece mais da história do poeta e entende maisda história chilena. Saí de lá com um livro de poemas de amor debaixo do braço. A outra casa fica em Isla Negra, em El Quisco.
Pães e pisco sour e botecos: Sim, Santiago encanta pelos sabores também. Há passeios à vinícolas como a Concha y Toro, por exemplo, mas para quem gosta de cerveja há botecos legais e no supermercado há um monte de rótulos diferentes. Em qualquer restaurante que você vá te oferecem pão na entrada: uma delícia. Assim como os argentinos eles têm empanadas, mas lá são como o nosso pastel. O pisco sour é um drink tipo caipirinha, mas que é feito, basicamente, com pisco (aguardente de uva) , limão e clara de ovo. Sugiro dosi bares: Galindo, na Bella Vista, e o Bar Nacional no centro. E lembre-se na conta eles cobram os cubiertos que seria uma taxa de serviço.
Palta em tudo: Se você não sabe o que é palta, vai aprender assim que pisar em Santiago. Eles colocam abacate em tudo!! Pão com palta é um clássico, e até o cheesburguer e o cachorro-quente vem com molho de abacate. Aproveite para comer frutos do mar e peixes frescos quando visitar o litoral, eles também terão palta como acompanhamento. Para comer sem medo peça o Lomo a lo pobre (filé acompanhado de dois ovos fritos e batata frita).
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