Santiago do Chile pela terceira vez: novos encantos e preços mais altos

Numa das minhas muitas viagens de impulso decidi que era hora de voltar a Santiago, no Chile. O universo estava conspirando: um dos meus cantores favoritos ia cantar na cidade (Nick Carter dos Backstreet Boys),  eu tinha começado um blog de viagens e tinha milhas suficientes para pagar mais barato na passagem na categoria premium. Então, decidi ir na semana passada (julho/2016)  num roteiro de 4 dias.

Essa foi minha terceira vez na cidade e a que me deixou mais encantada com a paisagem. A neve já estava por todo o lado e, no fim do mês, deve chegar aos pés da montanha. Em 2009, fui com uma amiga para uma viagem que incluía Pucón, no sul, e durou uns 20 dias. Fui furtada e tive gripe suína, mas não morri e já viajei muito mais depois disso. Em 2011, decidi voltar para quatro dias com a minha tia que não conhecia a cidade e, agora, repeti os mesmos quatro dias. A principal diferença foram os preços. Quando fui em 2009, um real valia uns 285 pesos, mas agora cada realzinho vale apenas 175 pesos. 

Para otimizar, decidi não fazer a parte histórica de novo porque eu já tinha conhecido tudo nas outras duas viagens. Mas recomendo fazer um passeio e conhecer o Palácio de La Moneda, Museu de Bellas Artes, Museu de Arte Pré-colombiana, Catedral Metropolitana, Plaza de Armas e etc.

Atualmente, uma forma muito boa de conhecer a cidade é com o ônibus da Turistik, aquele vermelhinho que você pode subir e descer nos lugares. O city tour custa 22 mil pesos (R$ 125) e pode ser feito em 2 horas se você não sair do ônibus ou o dia todo se você for parando e conhecendo os pontos turísticos, o que eu recomendo. Já escrevi um post com dicas do que fazer em Santiago e tá tudo valendo (veja aqui), mas desta vez fiz diferente.

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No primeiro dia assim que saí do aeroporto fui para Farellones – a primeira estação de esqui do Chile. Valle Nevado é mais badalado é mais moderno, mas eu só queria rever a beleza das montanhas e almoçar com um visual lindo. Por isso decidi ir apenas em Farellones e almoçar no restaurante  El Montañes. Existem várias agências que levam ao Valle e para Farellones e o próprio ônibus da Turistik faz o passeio por 32 mil pesos (R$ 180).  O melhor é ir cedo e durante a semana. Nos fins de semana fica cheio e há horários certos para subir e descer a montanha. Basicamente, pela manhã todos sobem e à tarde todos descem. Como era uma quinta-feira eu subi à tarde e vi um pôr-do-sol magnífico.

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Queria uma cerveja chilena, mas não tinha.. fui de Stella mesmo
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O fim de tarde em Farellones

No segundo dia, uma sexta-feira, eu fiz o passeio mais lindo: visitar o Sky Costanera que é um observatório de 300 metros de altura que fica no shopping Costanera Center. Você compra o ingresse o e sobe o elevador do piso – 1 do shopping, ao lado do supermercado jumbo. Neste mesmo piso há uma casa de câmbio confiável,  a Afex.  Foi lá que troquei alguns reais, dólares e euros. Levei tudo que tinha sobrado de outras viagens. Um euro vale 720 pesos – uma riqueza!!

Num dia claro, do alto do Sky Costanera você consegue ver Santiago e a Cordilheira dos Andes ao fundo. Dei muita sorte e fui num dia após uma chuva – fenômeno raro em Santiago. Então, o céu estava sem nuvens e sem tanta poluição. Santiago é uma cidade muito poluída mais do que São Paulo.

A dica para visitar o observatório é chegar cedo para tirar fotos lindas – funciona das 10h até as 21h.   A entrada para adultos custa 8 mil pesos (cerca de R$ 45) às sextas, sábados e domingos. Nos outros dias sai por 5 mil pesos (cerca de R$ 29). Crianças, idosos e estudantes têm descontos. Vou fazer um post só sobre o observatório porque é incrível!!

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Sky Costanera

Depois de visitá-la com calma fui almoçar e olhar os preços do shopping. Um real vale 175 pesos chilenos. Então, é preciso ter uma calculadora na mão para saber se vale a pena gastar. E, claro, lembrar que se algo é caro no Brasil vai ser caro em qualquer lugar da América do sul também, apesar dos nossos impostos.  De qualquer forma, algumas coisas valem uma pequena economia, no caso das maquiagens e roupas – que foi o que mais olhei. Outras estavam basicamente o mesmo preço.

Para quem gosta de compras os dois shoppings bons são o Parque Arauco e o Costanera. O Arauco tem uma praça de Alimentação ao ar livre que é bem agradável. Para os órfão brasileiros do Friday’s lá tem um e a sorveteria bravissima é imperdível.

O Costanera é um shopping enorme de cinco andares como os grande shoppings brasileiros. Turistas podem pegar um cartão de desconto que em algumas lojas dá até 20%.  As melhores lojas multimarcas chilenas são Falabella, Paris e Ripley. Roupa de frio é um coisa que vale a pena porque lá, claro, tem muito mais opção que aqui.

Uma capa para iPhone que comprei me surpreendeu positivamente: custava R$ 300 no Brasil e saiu por 20 mil pesos (R$ 115) no Chile. Ou seja, o ideal é sempre saber o preço no Brasil ou olhar no celular mesmo. Lembre-se que se você pagar no cartão internacional a cobrança é convertida em dólar e há 6,38% de IOF.

Meu terceiro dia foi todo dedicado ao show porque tivemos um almoço é um pocket show com o Nick a tarde toda. Depois voltei ao shopping para jantar (era pertinho de onde eu estava hospedada) e comprar Pisco no supermercado com uma amiga. Se você quiser levar cerveja ou vinho para o Brasil, o ideal é comprar no mercado. Eu já trouxe uma caixa de cervejas chilenas em 2011. Despachei como frágil sem nenhum custo adicional pela Gol. No última dia só tomei café com as amigas no Sheraton e fui para o aeroporto porque peguei um voo cedo para não ficar muito cansada para o trabalho.

Ainda há muito o que fazer em Santiago, mesmo com as 3 visitas, e quero me planejar para voltar no alto inverno quando a neve chega no pé da montanha. E, quem sabe, me aventurar num esporte de neve que não seja skibunda. O encanto da cidade continua o mesmo: paisagem maravilhosa, pessoas atenciosas e preços mais baratos que os do Brasil.  Escreverei mais posts em breve com outras dicas sobre hospedagem, transporte, voo e câmbio.

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