Ah Paris… não basta visitar, é preciso amar. Já estive na capital francesa algumas vezes e morei na cidade durante quase 5 anos, e ela sempre me desperta um novo sentimento. A primeira vez, confesso, a cidade não me encantou tanto, mas Paris precisa ser compreendida com seu ritmo.
É importante ressaltar que o idioma difícil, o humor dos franceses, a grande quantidade de turistas nas atrações podem até desanimar, mas ela é, verdadeiramente, uma cidade maravilhosa. Très jolie…
Paris merece, pelo menos, 5 dias para ser explorada. São várias as atrações e, além disso, é bom é ter tempo de se deliciar pelos cafés e restaurantes entre uma atração e outra. Lembro que a cidade é cara e, por isso, fazer compras não costuma ser minha prioridade por lá.
Gosto de andar pela ruas, conhecer bares e pessoas, visitar museus e, atualmente, treinar meu francês.
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Paris oferece muita coisa, além, claro, das atrações óbvias como o Museu du Louvre e a Torre Eiffel. Há parques escondidos e novidades em cada esquina. Por isso, aproveite para andar além do tradicional, saindo do óbvio e descobrindo sua própria Paris. Mas, vamos ao que é preciso conhecer em Paris, especialmente numa primeira viagem:
Torre Eiffel
Impossível visitar Paris e não dar um alô para um dos monumentos mais famosos do mundo. Adoro a história por trás da Torre Eiffel. Gustave Eiffel criou a estrutura temporária para a Exposição Universal da Feira Mundial de 1889, comemorando o centenário da Revolução Francesa de 1789. A torre de 320 metros virou uma polêmica, alguns intelectuais não queriam a estrutura na cidade, mas ela acabou ficando para sempre.
Há elevadores para a subida, e restaurantes nela. Meu passeio ideal é vê-la do Trocadéro, descer as escadarias passando pelo jardim e o carrossel até chegar na torre. Depois, andar pelas margens do Rio Sena com calma. (Estação de metrô Trocadero, nas linhas 6 e 9 ou Estação Bir-Hakeim na linha 5).
Rio Sena
O rio maravilhoso corta a cidade em duas. Bem no meio (da cidade e do rio) ficam as ilhas de La Cité e St-Louis. Caminhando pelas margens do Sena é possível chegar até as atrações mais famosas como o Museu do Louvre e a Catedral de Notre-Dame.
A Pont Neuf, sobre o Rio, é um charme, assim como a Pont des Arts e a Pont Alexandre III. No verão, as margens do rio ganham praias artificiais (Paris Plage), e uma forma deliciosa de passear pelo rio é fazendo um passeio de barco.
Catedral de Notre-Dame
A Catedral de Notre-Dame fica numa praça na Île de lá Cité, uma das duas ilhas formada no meio do Sena. É também lá perto que ficam a lindíssima Sainte-Chapelle, a Conciergerie e o Mercado de Flores.
A Catedral pegou fogo em abril de 2019, e a expectativa é que ela reabra em dezembro de 2024. Antes do incêndio, a entrada era gratuita mas, no verão, costumava ter longas filas. Destaco que a catedral inspirou Victor Hugo a escrever o romance Notre-Dame de Paris que conta a história da cigana Esmeralda e de Quasimodo.
A igreja é lindíssima e a fachada ainda está preservada. Não vejo a hora da Notre-Dame reabrir!
(Estação de metrô Cité, linha 4).
Avenue des Champs-Elysées
A avenida mais glamurosa da cidade é considerada a mais linda do mundo. Por isso, as grande grifes estão por lá, e há cafés, cinemas, restaurantes e lojas de redes francesas como Sephora (amo) e Fnac.
É onde ficam o lindo Arco do Triunfo e o Obelisco da Place de La Concorde. Vale prestar atenção na plaquinha no número 114: foi ali que morou Santos Dumont. Além disso, ele aterrissou o dirigível no número 9 da avenida. Atualmente, o local onde o pai da aviação morava é uma loja da Apple.
(As estações de metrô George V e Franklin D. Roosevelt ficam em pontos centrais).
Arco do Triunfo
Localizado na junção de 12 avenidas, o Arco do Triunfo é um símbolo da França. Na base há o túmulo do soldado desconhecido, idealizado por Napoleão para celebrar as vitórias francesas. E no topo há uma espécie de museu que conta a história do monumento.
A entrada é feita pela estação de metro no subsolo. Por isso, não tente atravessar as 12 avenidas! O ingresso custa 12 euros, e é preciso fôlego para subir as escadas, mas a vista é magnífica. A minha dica é comprar com antecedência com o Get Your Guide para evitar filas.
(Metrô Charles de Gaulle-Étoile, nas linhas 1, 2 e 6).
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Museu do Louvre
Maior museu do mundo, o Museu do Louvre, levaria meses para ser visitado. Mas em três ou quatro horas o visitante consegue ver as principais obras: Mona Lisa, Vênus de Milo, A última ceia, A Liberdade guiando o povo, São João Batista, Os escravos de Michelangelo, entre outros.
Nesse sentido, é importante dizer que a Mona Lisa (Gioconda) fica na ala Denon (1º andar) numa salinha que fica lotada (espia a foto abaixo).
O Louvre está aberto todos os dias (exceto terça-feira) das 9h às 18h, e o ingresso custa 22 euros. Vale comprar as entradas com antecedência para fugir de filas. Aliás, uma dica para economizar com os ingressos de museus é comprar o Paris Museum Pass.
Ele custa a partir de 53 euros para 2 dias, e você pode ir ao Arco do Triunfo, Museu do Louvre, Museu D’Orsay, Cripta da Catedral de Notre Dame, entre outras 60 atrações só com esse ingresso. No mais, outra vantagem é fugir de filas.
(Estação de metrô Palais Royal nas linhas 1 e 7).
Basílica de Sacré Cœur
A Basílica de Sacré Cœur (Sagrado Coração, em português) fica no alto Montmartre, e é o ponto mais alto de Paris. A subida pode ser feita a pé ou por um funicular que custa um bilhete de metrô (1,90 euro). O lugar é magnífico, e confesso que fiquei muito emocionada quando entrei lá pela primeira vez.
É ótimo para observar a cidade, mas atenção porque é daqueles lugares cheios de turistas onde é preciso ter ainda mais atenção aos pertences. Gosto de subir de funicular e descer a pé pelas ruazinhas, parando num café para tomar um chocolate no inverno ou uma cerveja no verão.
É também ali perto que fica um lugar muito fofo. A parede dos eu te amo (Le mur des je t’aime) que fica na Place des Abbesses, do ladinho da estação do metrô Abbesses. Por lá, nos 612 azulejos há “eu te amo” escrito em mais de 300 línguas.
(Estação de metrô Abesses na linha 12).
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Museu D’Orsay
Esse lindo museu nas margens do rio sena tem obras maravilhosas de artistas como Claude Monet, Renoir, Rodin, Degas, Manet, Van Gogh e outros. O café Campana é uma delícia, é foi projetado por designers brasileiros, os irmãos Campana. A vista é maravilhosa, e o prédio do museu, uma antiga estação ferroviária, é um charme. Como tem obras varias de diversos artistas, e é relativamente fácil de visitar, indico que você priorize o Museu D’Orsay se tiver pouco tempo em Paris.
O museu fica fechado às segundas-feiras. Atualmente, o ingresso custa 17 euros, e também costuma ter longas filas, especialmente nos fins de semana e no verão. Por isso, a indicação também é comprar antecipadamente.
(Estação de metrô Assemblée Nationale, na linha 12).
Musée Rodin
O Museu Rodin é um dos meus favoritos! Tem obras importantes de Auguste Rodin como o Pensador, o Beijo e o Inferno de Dante. O local foi desenvolvido pelo próprio artista, e está aberto desde 1919.
O jardim é encantador e onde ficam o pensador e a porta do inferno. Fecha às segundas-feiras. Atualmente, o ingresso custa 12 euros. Para quem gosta de visita guiada, o Get Your guide tem opções com guias que explicam tudo.
(Estação de metrô Varenne, na linha 13).
Opéra Garnier
Um dos monumentos mais bonitos da cidade, é um palácio todo decorado em ouro. Por esse motivo, é impossível não se impressionar com o brilho na fachada imponente. Costumo dizer que a visita ao exterior já impressiona muito, mas o interior é esplêndido da mesma maneira.
O ingresso para a visita custa 12 euros, e sempre há exposições bacanas. Mas, se você tiver pouco tempo na cidade pode visitar apenas o exterior.
(Metrô Opéra nas linhas 3, 7 e 8).
Cemitério Père Lachaise
Confesso que visitar um cemitério não é um dos passeios mais agradáveis numa viagem. Contudo, o Père Lachaise é um dos mais importantes cemitérios do mundo. E na minha primeira vez a Paris uma amiga queria ir até lá para ver o túmulo de Jim Morrison, da banda The Doors. Então a gente foi, e vi também o túmulo de Edith Piaf, Chopin, Allan Kardec e Oscar Wilde.
É uma atração diferente, mas válida se você for fã de algumas dessas pessoas ou, ainda, se você gosta de histórias curiosas. O Get Your Guide oferece um tour de duas horas que custa só 5 euros.
(Estação de metrô Père Lachaise, na linha 3).
Sainte-Chapelle
Essa capela é uma das mais lindas que já vi. Resumindo bem a história, ela fica dentro do Palácio da Justiça, que antes era a residência dos reis da França. E, na capela, aconteciam as principais cerimônias. Os vitrais são maravilhosos, típicos da arquitetura gótica. Contudo, apesar de ser bem menor, acho mais impactante que a Catedral de Notre Dame.
Aliás, os dois monumentos podem ser feitos em sequência porque ficam bem pertinho um do outro. Atualmente, a entrada custa 10 euros, mas acho que vale muito a visita. Além disso, comprando o ingresso junto com o da Conciergerie custa 15 euros os dois.
(Metrô Cité, linha 4).
Moulin Rouge
O cabaret mais famoso do mundo abriu as portas em 1889 no charmoso bairro do Montmartre. Mas se você quiser mais do que a tradicional foto na porta com o moinho ao fundo, pode ver o show que tem mais de 80 artistas se apresentando. Vi esse show apenas uma vez porque acho caro, mas vale para quem tem curiosidade em ver um show tão tradicional.
Surpreendentemente, é uma espécie de show de can can com show de variedade. Mas, infelizmente, não é possível tirar fotos lá dentro. Atualmente, custa 87 euros o show com champanhe, mas há também opções com jantar que custa mais caro.
(Estação de metrô Blanche, linha 2).
Em resumo, seja quais forem as atrações escolhidas, preciso te lembrar que Paris sempre vai estar no mesmo lugar. Então, faça tudo com calma e aproveite bem a cidade. Gosto de dizer que o viajante não precisa fazer da viagem uma gincana.
Aproveite Paris, e boa viagem!
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