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10 erros que turistas cometem ao visitar Paris (e como evitá-los)

Erros turistas cometem Paris

Antes de morar em Paris, visitei a cidades muitas vezes. Algumas mais corridas outras mais tranquilas, mas cometi alguns erros que podem ser evitados seguindo algumas dicas. Então, para ajudar quem visita a cidade, fiz meu TOP 10 de erros que turistas cometem ao visitar Paris e, claro, como evitá-los.

Erros que turistas cometem ao visitar Paris:

  1. Transformar a viagem em maratona
  2. Andar de táxi ou aplicativos de transportes o tempo todo
  3. Andar muito de metrô (e ainda assim não economizar)
  4. Menosprezar os batedores de carteira
  5. Sofrer em filas
  6. Gastar a mais com alimentação
  7. Não parar no primeiro andar da Torre Eiffel
  8. Esquecer parques, bosques e jardins
  9. Não observar Paris do alto
  10. Ficar pouco tempo em Montmartre

1- Transformar a viagem em maratona

Esse é aquele erro clássico que todo viajante já cometeu: querer ver o Museu do Louvre, a Torre Eiffel e o Palácio de Versalhes no mesmo dia. Ou ter 3 dias em Paris, e tentar montar um roteiro que inclui 5 museus, dois dias compras, Disney, Versalhes e mais.

Estou exagerando, mas é exatamente o que acontece: a pessoa planeja visitar tudo no mínimo de tempo possível e, no fim, nem lembra mais o que viu, chega todo dia morta no hotel e a viagem vira uma verdadeira maratona esportiva. Paris é uma cidade linda, mas o melhor é apreciar a cidade. Então, tem apenas cinco dias? Planeje seus dias incluindo pausas para um café ou um chocolate quente num café local. Garanto que esses momentos vão te ajudar no dia a dia.

Tem também aqueles que só querem tirar foto na porta para ter ganhar o seu selo de “eu fui” nas redes sociais. Foi no Louvre? Fui!! Mas, na real, nem colocou o pé dentro do museu para espiar a Mona lisa. Minha dica? Fazer menos, mas com mais qualidade. Meu roteiro de 5 dias por Paris pode te ajudar a ver as principais atrações. E, no mais, quando te perguntarem se você conheceu tudo, você não precisa ficar com vergonha de dizer que não foi. “Não fui porque não quis ou, simplesmente, porque pretendo voltar a Paris” pode ser uma bela resposta.

2- Andar de táxi ou Uber o tempo todo

Se em cidades do Brasil os transportes estilo Uber são uma forma segura e rápida de se locomover, aqui eles são a exceção, e um dos erros que turistas cometem ao visitar Paris. Geralmente, apenas os turistas e pessoas que estão na cidade a negócios usam esse serviço. Por que? Porque transporte público é melhor para o planeta, você foge dos engarrafamentos e paga bem menos. Tem metrô em todos os cantos dessa cidade, e nos 10 minutos que você perde esperando o Uber chegar, você já estaria no local.

Recomendo o Kapten (aplicativo no estilo uber) se você estiver chegando e saindo dos aeroportos com muitas malas e mais de uma pessoa, por exemplo. Ou, ainda, se você estiver num dia de greve no metrô etc. Isso porque tem preços às vezes mais baratos que o Uber. Baixando o aplicativo com meu código de desconto DIAFIG você terá um desconto de 10 euros.

Aqui pais e mamães carregam bebês em carrinhos pelas escadas do metrô sem problemas e, geralmente, tem um estranho para ajudar a subir com malas se você é idoso.  Mas se você viaja com alguém com dificuldade de locomoção, prefira o ônibus. Eles não têm escadas, as paradas são sinalizadas e você verá que é a escolha da maioria dos idosos. O metrô de Paris não é acessível em todas as estações. Apenas a linha 14 é melhor nesse sentido.

3 – Andar muito de metrô (e ainda assim não economizar)

O primeiro erro que muitos turistas cometem é ficar andando só de metrô sem consultar o google maps. As vezes você está a 10 min a pé de um museu, e a 10 minutos de metrô e não precisa descer e subir escadas para se locomover. Aproveite para andar e conhecer outros lados da cidade. Além disso, de você gosta de bicicleta, pedale ou vá de patinete. Aqui as ruas têm faixas especiais. Mas, atenção, andar de patinete na calçada gera multa.

A segunda dica diz respeito ao seu bolso. O tíquete de metrô/ ônibus/ tramway normal custa 1,90€ a cada viagem (pode ser usado durante 1h30 para todas as baldeações no mesmo sentido). Mas o que pouca gente presta atenção é que é possível usar o passe Navigo semanal ou mensal. O passe semanal para as zonas 1,5 (todas), por exemplo, custa 22 euros. Ou seja, bem menos do que você usaria para ir ao aeroporto, Disney e Versalhes.

Há também o passe específico para turistas, o Paris Visite com opções ilimitadas a partir de 1, 2, 3 ou 5 dias. Mas, não necessariamente, eles serão vantajosos. Explico: o Naviigo semanal começa a valer sempre na segunda-feira, ainda que você compre na sexta-feira. E o Paris Visite de um dia, por exemplo, custa 12 euros, mas não necessariamente você fará tantas viagens num dia. Nesse caso, compre o carnê com 10 tíquetes ou o Navigo découvert (recarregável) que sai mais barato. Para saber mais sobre o metrô, veja o artigo onde explico como andar de metrô em Paris.

Viajar sem acesso à internet também é um dos erros que turistas cometem ao visitar Paris. Então, saiba como escolher seu chip de celular para a Europa

4 – Menosprezar os batedores de carteira

Quem avisa amigo é! Sempre aviso, o condutor do metrô avisa, as placas avisam: Tem batedor de carteira em Paris. E eles não têm cara, nacionalidade ou tipo físico. Então, sem preconceitos! As vezes o condutor do metrô até conhece uns grupos de jovens que batem carteira de turistas, e param o metrô até que elas saiam. Ou avisa no auto-falante: tem um batedor de carteira no vagão X. Mas, claro, isso é a exceção. Dessa maneira, não descuide das suas bolsas.

Ninguém vai te assaltar com arma ou faca, mas vão colocar a mão no seu bolso sem que você perceba. Em escadas, na rua, entradas de atrações etc. Repare como há placas em todos os monumentos. O próprio consulado brasileiro em Paris emitiu um alerta ano passado sobre isso.

Dessa maneira, nada de mochila para trás, coisas nos bolsos e bolsinhos. Repare como quem mora aqui anda pelas ruas. Bolsa atravessada no corpo para celular e documentos, e uma ecobag para outras coisas. Eu uso o celular o tempo todo na rua sem problemas, mas nunca deixo no bolso do casaco, por exemplo, e nem fico com ele na mão perto das portas do metrô. Ah, e cuidado ao deixar sua bolsa no chão para tirar foto, por exemplo, porque também há furtos nessa hora. Outra dica? Faça um seguro viagem que cubra furtos e vai poder te ajudar a recuperar possíveis prejuízos.

5 – Sofrer em filas

Quanto vale uma hora em Paris? Quanto valem 3 horas em Paris? Se você não quer perder tempo e cansar a perna, compre seus ingressos antecipadamente e, preferencialmente, com hora marcada. Em dias de pico, as Catacumbas de Paris e  o Palácio de Versalhes podem chegar a ter 3 horas de fila! Na Torre Eiffel, já fiquei mais de 1h30 na fila no inverno e no verão – e não recomendo. Para comprar seus ingressos num site em português, eu indico o Get Your Guide.

Leia também: Quanto custa viajar para Paris (e como economizar)

6 – Gastar a mais com alimentação

Como em qualquer lugar do mundo, a lanchonete dentro da atração cobrará um pouco mais caro do que a lanchonete do bairro ou o supermercado. O restaurante colado ao ponto turístico também! E, mesmo os preços aqui não serem tão diferentes entre uma área e outra, a escolha dentro do próprio restaurante pode fazer uma diferença no fim das contas.

Muitos restaurantes na Avenue des Champs- Elysées, por exemplo, oferecem o chamado “menu ou formule”, e você vê a opção do dia na porta. O menu tem um preço mais barato para entrada + prato + bebida ou prato + sobremesa, por exemplo.

Mas quando você entra, muitas vezes não encontra a opção no cardápio porque é o “prato do dia”. Então, não esqueça de perguntar pelo menu ou formule ao garçom. Os preços são sempre mais baratos, e como os turistas não conhecem, os restaurantes mostram o cardápio direto. Além disso, em muitos restaurantes e padarias costuma ser de 10 a 15% mais barato se você não vai comer no local (Comida para viagem ou em francês: à emporter).

7- Não parar no primeiro andar da Torre Eiffel

Esse é aquele erro que dói meu coração. É que eu acho o primeiro andar da torre um charme porque tem um chão de vidro, os restaurantes e um espaço para você sentar, descansar e, no verão, beber champanhe com calma. Além disso, ao longo do ano há sempre uma programação especial no local com algo diferente.

A visita da Torre Eiffel começa de cima para baixo. Então, dependendo do seu ingresso, você visita o o terceiro andar (topo), o segundo andar (sempre mais cheio) e ao pegar o elevador para sair pode dar uma parada no primeiro andar. Lá você vai encontrar espaço e paz! Todas as vezes que fui na torre parei no primeiro anda. No verão tinha puffs pra você ficar sentado bebendo champanhe.

Leia também: Onde ficar em Paris (e não se arrepender depois)

8- Esquecer parques, bosques e jardins

Paris tem muita coisa bacana para fazer, mas não deixe de dar atenção aos parques e jardins. Jardim de Tulleries (Pertinho do Louvre), Jardim de Luxemburgo (Entre Montparnasse e o Louvre), Jardim d’Aclimatation (perto da Fundação Louis Vuitton), Parque Bercy (perto do charmoso Bercy Village), Bois de Vincennes, Bois de Boulogne e Parque de Buttes Chaumont.

Mas, atenção, o Bois de Boulogne é enorme! Tem um lago muito legal para passear com barquinhos para alugar e restaurantes numa ilha no lago (fui no Bar du Chalet), mas à noite é uma área de prostituição forte (algo como a Quinta da Boa Vista no Rio).

9- Não observar Paris do alto

Você pode subir na Torre Eiffel, na Torre Montparnasse, no Arco do Triunfo, na Sacre-Coeur em Montmartre.ou mesmo no terraço da Galeries Lafayette e da Printemps. Mas precisa observar Paris do alto! É que ver a torre iluminada do alto ou ver as avenidas se cruzando no Arco do Triunfo é algo muito legal. Você vai entender a cidade, e ficar tentando descobrir onde cada monumento está.

10- Ficar pouco tempo em Montmartre

Montmartre não é só a Basílica de Sacre-coeur, é passear pelas ruazinhas, escolher um restaurante, tomar um café, observar as pessoas. E ir descendo com calma pelas ruas do bairro. Você pode subir de funicular (aceita o tíquete do metrô), mas volte a pé para aproveitar mais.

Meu roteiro de sempre? Comece o dia em Montmartre subindo (de escada ou funicular) até a Basílica de Sacre-cœur. De lá siga até a Place du Tertre para ver os artistas trabalhando e, então, pare para almoçar. Eu gosto bastante do Au clairon des chasseurs (Place du Tertre) e do Le vrai Paris (Rue des Abbesses, 33).

Depois, desbrave as ruazinhas e vai descendo até a Rue Lepic. Passe no Café des deux moulins (do filme O fabuloso destino de Amelie Poulain), e vá até Moulin Rouge. Termine no Murs des Je t’aime na Place Abesses.

Gostou das dicas e já sabe como evitar os erros que turistas cometem ao visitar Paris? Então salva o blog nos seus favoritos, e se você quer ver stories do meu dia a dia em Paris, lembre-se de seguir também o Instagram @dianaviaja.

 



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