O voo pousou, a mala chegou e o sonho acabou. Voltar de viagem sempre dá uma dorzinha no peito. Já chorei feito um bebê ao ouvir o “bem-vindo ao Rio de Janeiro” do piloto; ao sair de um navio com as amigas ou por deixar o namorado no aeroporto. Parece exagero e drama, mas ainda bem que a Polícia Federal não pede para olhar nos olhos da gente. Ou eu teria que falar: desculpa, moço, mas eu sofro de uma espécie de depressão pós-viagem.
E nem tente me convencer que eu moro na cidade maravilhosa e essas coisas todas. Comigo aquela filosofia de “eu moro onde você passa férias” não cola mesmo. Eu gosto é de viajar e sair por aí seja por 50 ou 10 mil quilômetros.
Amo sair da zona de conforto, de descansar longe de casa e aprender muito – ainda que a viagem seja no estilo de bar em bar. Cada pessoa que você conhece te ensina algo e praticar a observação da cultura alheia é enriquecedor.
Seja como for, eu só curo minha depressão pós-viagem com novas aventuras (previsível, eu sei). Mesmo quando não tenho um tíquete comprado e nem um tostão furado na conta, preciso ter um destino em mente para reiniciar o ciclo e me medicar.
Bom artigo
Obrigada 🙂